Tu desejas protagonismo
Por causa do teu narcisismo
E não sentes qualquer empatia
Por quem te faz companhia
Sabes provocar tanta dor
A quem está ao teu redor
Mas não te crês responsável
Por essa aflição evitável
Manipulas a realidade
Com imensa facilidade
E os factos vais distorcer
Quando isso te convier
Os restantes intervenientes
Até se sentem impotentes
Chegando mesmo a duvidar
Do seu modo de avaliar
Usas um disfarce de charme
Esperando que o povo desarme
Em público és tão amistosa
E em privado és impiedosa
Tu projectas cada tua falha
Por medo ou coisa que o valha
Mas também por insegurança
Punes quem te dá confiança
Mais pareces não ter consciência
Ou sequer um pingo de decência
Já que tu nunca és a culpada
Foste sempre influenciada
Persegues toda a nova presa
Que ao reagir com surpresa
Logo é excluída muito à toa
Cuidando que é má pessoa
És tão hábil a assim descartar
Quem não te andar a adular
Vais embora sem qualquer aviso
Considerando que não é preciso
E para além da manipulação
Também tens a forte obsessão
Do controlo sem descaramento
Como se sempre teu o momento
Ser muito perfeita simulas
Enquanto os outros anulas
E agindo segundo o teu esquema
Tu jamais serás o problema
Esse modo de ser vergonhoso
É um círculo tão vicioso
E só quem não te conhecer
É que te compra sem ver